Arquivo da categoria ‘Extra!!! Extra!!!’

No dia 06/12/2013, a FIFA promoveu o sorteio das chaves da Copa do Mundo de 2014 com muita polêmica nos bastidores, além de ter de enfrentar uma crise institucional brasileira que vem dificultando os preparativos para o evento. Mas política não é o objetivo deste post.

O que interessa é o resultado do sorteio envolvendo 24 seleções que estavam presentes na Copa de 2010, além de outras 8 equipes que retornaram à disputa. Analisaremos as seleções participantes e os grupos formados para o tão aguardado Mundial tupiniquim. Sempre é bom lembrar que ainda faltam 6 meses e muita coisa pode mudar até a bola rolar.

_________________________________________________________________________________________

Grupo A — BRASIL – CROÁCIA – MÉXICO – CAMARÕES

BRASIL: A Seleção Canarinho entra como favorita indiscutível na Copa do Mundo que será jogada em seu quintal. A conquista da Copa das Confederações 2013 acabou por credenciá-la após um período de trevas e desconfiança geral. A marcação começa pelos atacantes, de forma incessante. Falta a confirmação de um atacante e conseguir dominar a pressão gerada pelo favoritismo.

Objetivo — Título. Eliminação é tragédia. Não existirá participação honrosa sem o Hexa.

Números — 19 Copas — 97 jogos – 67 vitórias / 15 empates / 15 derrotas.

Histórico — Campeão (1958, 1962, 1970, 1994, 2002), vice (1950, 1998), 3º lugar (1938, 1978), 4º lugar (1974), 4ªs-de-final (1954, 1982, 1986, 2006, 2010), 8ªs-de-final (1990), eliminado na 1ª Fase (1930, 1934, 1966).

Destaques — Neymar, Thiago Silva e Oscar.

CROÁCIA: A Vatreni conseguiu sua classificação apenas na repescagem contra a emergente Islândia. A qualidade do time croata está bem abaixo daquele que chegou às semifinais da Copa de 1998 e não parece intimidar os adversários. A aposta será na organização defensiva e nos rompantes de alguns atletas tecnicamente acima da média. Não deve ir muito além das 8ªs.

Objetivo — Passar da 1ª Fase. Já seria lucro, ainda mais enfrentando Espanha ou Holanda na fase seguinte.

Números — 3 Copas — 13 jogos – 6 vitórias / 2 empates / 5 derrotas.

Histórico — 3º lugar (1998), eliminada na 1ª Fase (2002, 2006).

Destaques — Modric, Mandzukic e Srna.

MÉXICO: El Tri teve uma trajetória extremamente acidentada até obter a classificação para o Mundial. Para a repescagem contra a Nova Zelândia, somente jogadores de clubes mexicanos foram chamados e isso bastou. Não se sabe qual será a formação titular, mas será favorita para conquistar a 2ª colocação da chave, pois os mexicanos vêm superando a 1ª Fase desde 1994.

Objetivo — Atingir as 4ªs-de-final. Condição que os aztecas só conseguiram quando sediaram a Copa.

Números — 14 Copas — 49 jogos – 12 vitórias / 13 empates / 24 derrotas.

Histórico — 4ªs-de-final (1970, 1986), 8ªs-de-final (1994, 1998, 2002, 2006, 2010), eliminado na 1ª Fase (1930, 1950, 1954, 1958, 1962, 1966, 1978).

Destaques — Oribe Peralta, Guardado e Javier Hernández.

CAMARÕES: Nem sempre os Leões Indomáveis são ferozes, apesar da tradição de estarem disputando seu 7º Mundial. Mesmo com uma classificação esperada, dentro da África existem seleções melhores que eles. Há claras melhoras no sistema defensivo e no meio-campo camaronês, mas que são insuficientes para fazê-los seguir adiante. Será zebra se avançar.

Objetivo — Passar da 1ª Fase. Seria ótimo para uma seleção que já teve glórias e que agora vive de lembranças.

Números — 6 Copas — 20 jogos – 4 vitórias / 7 empates / 9 derrotas.

Histórico — 4ªs-de-final (1990), eliminado na 1ª Fase (1982, 1994, 1998, 2002, 2010)

Destaques — Eto’o, Makoun e Webó.

Grau de dificuldade da chave: MÉDIO — Um favorito absoluto (Brasil) contra seleções de nível intermediário, sendo que o México pode ser considerado, pelo aspecto histórico, o mais cotado à classificação. Entretanto, não haverá jogos fáceis para ninguém.

Prognóstico — 1º Brasil, 2º México, 3º Croácia, 4º Camarões.

_________________________________________________________________________________________

 

Grupo B — ESPANHA – HOLANDA – CHILE – AUSTRÁLIA

ESPANHA: A Furia manteve seu time praticamente intocável, com o mesmo sistema de jogo herdado do Barcelona. Grandes nomes em todos os setores do time fazem com que os espanhóis sejam favoritos ao bicampeonato mundial. No entanto, a goleada sofrida na final da Copa das Confederações provou ao mundo que não existem times imbatíveis. E os ibéricos sabem disso.

Objetivo — Título. Mas o caminho espanhol poderá ser tortuoso e, quem sabe, muito curto. Já estão preparando desculpas para eventual derrota.

Números — 13 Copas — 56 jogos – 28 vitórias / 12 empates / 16 derrotas.

Histórico — Campeã (2010), 4º lugar (1950), 4ªs-de-final (1934, 1982, 1986, 1994, 2002), 8ªs-de-final (1990, 2006), eliminada na 1ª Fase (1962, 1966, 1978, 1998).

Destaques — Xavi, Iniesta e Casillas.

HOLANDA: Sempre é difícil derrotar a Laranja Mecânica. Nos últimos anos, vem sendo invencível nas eliminatórias que disputou para a Copa e para a Euro. Mas nem sempre se dá bem quando precisa assumir o protagonismo. A equipe é bem disposta taticamente e novos nomes vem surgindo para substituir os veteranos. Agradam pela forma aguda de atacar, mas a defesa vaza.

Objetivo — Semifinais. Um novo vice-campeonato não seria nada ruim, mas existem limites pelo caminho batavo.

Números — 9 Copas — 43 jogos – 22 vitórias / 10 empates / 11 derrotas.

Histórico — Vice (1974, 1978, 2010), 4º lugar (1998), 4ªs-de-final (1994), 8ªs-de-final (1990, 2006), eliminada na 1ª Fase (1934, 1938).

Destaques — Van Persie, Robben e Stekelenburg.

CHILE: Talvez La Roja esteja em sua melhor fase nos últimos 50 anos, mas levou um baque ao ter o azar de cair em uma chave indigesta, com os finalistas da Copa de 2010. Não se pode duvidar da capacidade chilena, mesmo que o retrospecto não recomende a aposta. Assim, vão precisar de uma conjunção de fatores para saírem classificados e ainda evitar o pior na fase seguinte.

Objetivo — Passar da 1ª Fase. A campanha chilena pode ser encerrada ainda no início. Se sobreviverem, poderão ter o Brasil. Já estariam no lucro.

Números — 8 Copas — 29 jogos – 9 vitórias / 6 empates / 14 derrotas.

Histórico — 3º lugar (1962), 8ªs-de-final (1998, 2010), eliminado na 1ª Fase (1930, 1950, 1966, 1974, 1982).

Destaques — Alexis Sánchez, Arturo Vidal e Matías Fernández.

AUSTRÁLIA: Os Socceroos já viveram fases melhores, entre 2002 e 2010. Hoje, com um time que não evoluiu tanto quanto os japoneses, os australianos sequer imaginam passar de fase, principalmente depois das goleadas acachapantes sofridas em amistosos neste ano. Perder com dignidade parece ser o único consolo, além de investir na experiência de seus jovens para 2018.

Objetivo — Não fazer fiasco. Se conseguirem derrotas com pouca diferença de gols e um empate, o dever estará cumprido.

Números — 3 Copas — 10 jogos – 2 vitórias / 3 empates / 5 derrotas.

Histórico — 8ªs-de-final (2006), eliminada na 1ª Fase (1974, 2010).

Destaques — Tim Cahill, Bresciano e Joshua Kennedy.

Grau de dificuldade da chave: DIFÍCIL — Os dois finalistas de 2010 se enfrentam logo de cara, mas o Chile pode beliscar uma classificação se conseguir se impor contra os favoritos. A situação só não é pior porque a Austrália não vem em boa fase. Espanha ou Holanda podem pegar o Brasil cedo.

Prognóstico — 1º Espanha, 2º Holanda, 3º Chile, 4º Austrália.

_________________________________________________________________________________________

 

Grupo C — COLÔMBIA – GRÉCIA – COSTA DO MARFIM – JAPÃO

COLÔMBIA: Os Cafeteros ressuscitam depois de uma ausência de 3 Copas seguidas. A atual geração é excepcional, sendo que o time tem bons valores em todos os setores. Os resultados levaram os colombianos à condição de cabeça de chave, mesmo com um retrospecto nada grandioso. Chegam para ser protagonistas. Se repetirem 1994/1998, será choro e ranger de dentes.

Objetivo — Atingir as 4ªs-de-final. Uma boa seleção que pode ser premiada com um avanço inédito. Mas o cruzamento na fase seguinte pode impedir isso.

Números — 4 Copas — 13 jogos – 3 vitórias / 2 empates / 8 derrotas.

Histórico — 8ªs-de-final (1990), eliminada na 1ª Fase (1962, 1994, 1998).

Destaques — Falcao García, Guarín e James Rodríguez.

GRÉCIA: O Navio Pirata partiu para mais uma jornada rumo ao desconhecido. A classificação para a Copa foi merecida e os gregos nunca são favoritos, mesmo tendo conquistado a Euro em 2004. Não há chances de repetirem tal odisseia em 2014, sendo suficiente uma classificação à fase das 8ªs. A chave está aberta e a sorte está lançada. Poucos sabem o que será dos helênicos.

Objetivo — Passar da 1ª Fase. Em uma chave com forças medianas, as chances helênicas aumentam.

Números — 2 Copas — 6 jogos – 1 vitória / 0 empates / 5 derrotas.

Histórico — eliminada na 1ª Fase (1994, 2010).

Destaques — Mitroglou, Karagounis e Torosidis.

COSTA DO MARFIM: Os Elefantes tem jogadores incrivelmente habilidosos, mas falta espírito de equipe. São muitos líderes veteranos no vestiário e os egos podem atrapalhar na busca por objetivos. A classificação à Copa não foi tão fácil, mas a chave sorteada foi ótima. Agora, os africanos terão de provar que não são apenas talentos individuais, mas sim um time.

Objetivo — Passar da 1ª Fase. Depois de dois mundiais batendo na trave, os marfinenses poderão, enfim, ir além do óbvio.

Números — 2 Copas — 6 jogos – 2 vitórias / 1 empate / 3 derrotas.

Histórico — eliminada na 1ª Fase (2006, 2010).

Destaques — Drogba, Gervinho e Yaya Touré.

JAPÃO: Para quem acompanhou a trajetória dos Samurais Azuis ao longo dos últimos 20 anos fica perceptível a evolução de seu futebol. Os japoneses são capazes de enfrentar qualquer rival em igualdade, mas ainda falta um pouco de malandragem. Mesmo assim, tem um ótimo sistema ofensivo e são candidatos a avançar adiante na competição, dificultando a vida dos favoritos.

Objetivo — Atingir as 4ªs-de-final. Os nipônicos vão tentando, se aperfeiçoando e, quem sabe, chegando aonde ninguém esperava.

Números — 4 Copas — 14 jogos – 4 vitórias / 3 empates / 7 derrotas.

Histórico — 8ªs-de-final (2002, 2010), eliminado na 1ª Fase (1998, 2006).

Destaques — Kagawa, Keisuke Honda e Endo.

Grau de dificuldade da chave: FÁCIL — Quem tem mais bala na agulha nesse grupo? Talvez a Colômbia e o Japão se sobressaiam nos confrontos, mas há um equilíbrio evidente de forças sem que exista um grande favorito ou uma “galinha morta”. Quem fizer 4 pontos sobrevive.

Prognóstico — 1º Colômbia, 2º Japão, 3º Costa do Marfim, 4º Grécia.

_________________________________________________________________________________________

 

Grupo D — URUGUAI – COSTA RICA – INGLATERRA – ITÁLIA

URUGUAI: É incrível o potencial desse país de apenas 3,5 milhões de habitantes. A Celeste não se intimida e vai enfrentar adversários dificílimos logo de cara, o que não chega a ser problema para os charruas. A questão é saber se o time já veterano suportará o ritmo de jogo e o fator climático. Se bem preparados, podem ir longe a ponto de causar danos irreparáveis às potências europeias.

Objetivo — Semifinais. A lembrança de um novo Maracanazo empolga os uruguaios. Será que conseguem ir tão longe?

Números — 11 Copas — 47 jogos – 18 vitórias / 12 empates / 17 derrotas.

Histórico — Campeão (1930, 1950), 4º lugar (1954, 1970, 2010), 4ªs-de-final (1966), 8ªs-de-final (1986, 1990), eliminado na 1ª Fase (1962, 1974, 2002).

Destaques — Luis Suárez, Cavani e Lugano.

COSTA RICA: Los Ticos tiveram um azar danado e terão de lutar contra três campeões mundiais. Os costarriquenhos tem um bom time, que passou com folga pelas eliminatórias. Mas não devem sobreviver ao grupo fatídico. A única certeza é a de que poderão sentir como está o nível de seu futebol jogando contra gigantes e, quiçá, beliscar um ponto aqui e outro lá.

Objetivo — Não fazer fiasco. Os enfrentamentos não permitem aos centro-americanos nada além de sonhar. Se empatarem um jogo, será zebra.

Números — 3 Copas — 10 jogos – 3 vitórias / 1 empate / 6 derrotas.

Histórico — 8ªs-de-final (1990), eliminada na 1ª Fase (2002, 2006).

Destaques — Joel Campbell, Celso Borges e Bryan Ruiz.

INGLATERRA: A empáfia e a soberba dos ingleses poderão ser determinantes para sua eliminação logo na fase inicial. Mesmo com uma classificação tranquila para o Brasil, o English Team não é tudo isso que andam pintando na Terra da Rainha. Não bastasse as dificuldades que têm quando jogam contra seleções médias, agora terão duas potências loucas para tirá-los da Copa.

Objetivo — Semifinais. E olhe lá! Isso porque tem tradição, mas até para passar da 1ª Fase será complicado.

Números — 13 Copas — 59 jogos – 26 vitórias / 19 empates / 14 derrotas.

Histórico — Campeã (1966), 4º lugar (1990), 4ªs-de-final (1954, 1962, 1970, 1982, 1986, 2002, 2006), 8ªs-de-final (1998, 2010), eliminada na 1ª Fase (1950, 1958).

Destaques — Rooney, Gerrard e Milner.

ITÁLIA: A Squadra Azzurra chega com um sistema de jogo ofensivo e com algum toque de bola, algo impensável para uma seleção que praticava o ferrolho (Catenaccio) até poucos anos. É favorita e os adversários sabem disso. O problema é que os italianos tomaram gosto pelo ataque e se desguarnecem defensivamente, o que resulta em jogos com muitos gols. Bom para quem assiste!

Objetivo — Título. Os italianos pensam grande e isso sempre funciona nas adversidades. Podem ser Penta.

Números — 17 Copas — 80 jogos – 44 vitórias / 21 empates / 15 derrotas.

Histórico — Campeã (1934, 1938, 1982, 2006), vice (1970, 1994), 3º lugar (1990), 4º lugar (1978), 4ªs-de-final (1998), 8ªs-de-final (1986, 2002), eliminada na 1ª Fase (1950, 1954, 1962, 1966, 1974, 2010).

Destaques — Pirlo, Balotelli e Buffon.

Grau de dificuldade da chave: DIFÍCIL — O “grupo da morte” com três campeões mundiais determina a classificação para aqueles que tiverem margem de erro mínima. Os ingleses podem sobrar, pois sua fase não recomenda. P. S.: “Pobre” Costa Rica!

Prognóstico — 1º Itália, 2º Uruguai, 3º Inglaterra, 4º Costa Rica.

_________________________________________________________________________________________

 

GRUPO E — SUÍÇA – EQUADOR – FRANÇA – HONDURAS

SUÍÇA: A Schweizer Nati é um caso para estudo técnico. O time nem é tão bom assim, passou por eliminatórias fáceis sem problemas, venceu amistosos contra potências e virou cabeça de chave. Porém, os helvéticos não convencem e tampouco preocupam seus adversários. Não é de se duvidar que caiam eliminados logo de cara, afligidos pelo clima tropical e por suas fragilidades técnicas.

Objetivo — Atingir as 4ªs-de-final. A ideia dos suíços é ficar em 1º no grupo e evitar um aguardado confronto com a Argentina.

Números — 9 Copas — 29 jogos – 9 vitórias / 6 empates / 14 derrotas.

Histórico — 4ªs-de-final (1934, 1938, 1954), 8ªs-de-final (1994, 2006), eliminada na 1ª Fase (1950, 1962, 1966, 2010).

Destaques — Shaqiri, Inler e Lichtsteiner.

EQUADOR: La Tri teve mais sorte do que os chilenos e caíram em uma chave viável. Após classificar sem vencer fora de casa nas eliminatórias, terá de jogar sem o benefício da altitude. O time não é ruim e pode fazer frente a grandes adversários. Pesam a falta de experiência em disputas de alto nível e a falta de bons nomes em algumas posições do time.

Objetivo — Passar da 1ª Fase. Já seria o suficiente para agradar aos andinos. Indo além é zebra!

Números — 2 Copas — 7 jogos – 3 vitórias / 0 empates / 4 derrotas.

Histórico — 8ªs-de-final (2006), eliminado na 1ª Fase (2002).

Destaques — Caicedo, Antonio Valencia e Walter Ayoví.

FRANÇA: Quando todos imaginam que eles estão mortos, Les Bleus ressurgem das próprias cinzas. A classificação à Copa foi sofrida e agora os franceses querem colocar o vagão nos trilhos. Eles têm uma história vitoriosa e jogadores acima da média em todos os setores da equipe. Não se duvida que possam alcançar as finais. A fênix gaulesa vai agir como um predador.

Objetivo — Semifinais. A tendência é essa. Mas os franceses sempre surpreendem, de forma positiva ou negativa. Aguardemos.

Números — 13 Copas — 54 jogos – 25 vitórias / 11 empates / 18 derrotas.

Histórico — Campeã (1998), vice (2006), 3º lugar (1958, 1986), 4º lugar (1982), 4ªs-de-final (1938), eliminada na 1ª Fase (1930, 1934, 1954, 1966, 1978, 2002, 2010).

Destaques — Ribéry, Benzema e Abidal.

HONDURAS: O crescimento dos Catrachos nos últimos anos foi visível. Mas o time ainda tem carências táticas e técnicas que impedem grandes ambições. Além disso, a seleção hondurenha tem fama de violenta e de retranqueira, o que não convém para uma Copa do Mundo. Alguns bons nomes que jogam na Europa despontam e podem servir para um futuro próximo.

Objetivo — Não fazer fiasco. Vencer uma partida pela 1ª vez será o máximo para os hondurenhos. É segurar atrás e só sair na boa.

Números — 2 Copas — 6 jogos – 0 vitórias / 3 empates / 3 derrotas.

Histórico — eliminada na 1ª Fase (1982, 2010).

Destaques — Bengtson, Roger Espinoza e Maynor Figueroa.

Grau de dificuldade da chave: MÉDIO — Nenhuma das seleções desse grupo pode ser considerada favorita ao título. A França teve sorte e a Suíça não é digna de ser cabeça de chave. O Equador pode se beneficiar do clima e aprontar uma surpresa. Quantos cartões amarelos Honduras levará?

Prognóstico — 1º França, 2º Equador, 3º Suíça, 4º Honduras.

_________________________________________________________________________________________

 

GRUPO F — ARGENTINA – BÓSNIA E HERZEGOVINA – IRÃ – NIGÉRIA

ARGENTINA: A Albiceleste vem com o melhor do mundo ainda virgem de boas atuações em uma Copa. A ambição é ser campeão na casa do vizinho e maior rival. Os hermanos tem excelentes jogadores no meio-campo e ataque, mas o mesmo não pode ser dito nas posições defensivas. Vão precisar equilibrar a equipe para almejar o título, o qual está mais próximo do que nunca.

Objetivo — Título. O chaveamento e o fator sorte permitem aos argentinos chegar à final sem cruzar com adversários mortais.

Números — 15 Copas — 70 jogos – 37 vitórias / 13 empates / 20 derrotas.

Histórico — Campeã (1978, 1986), vice (1930, 1990), 4ªs-de-final (1966, 1974, 1982, 1998, 2006, 2010), 8ªs-de-final (1994), eliminada na 1ª Fase (1934, 1958, 1962, 2002).

Destaques — Messi, Di María e Agüero.

BÓSNIA E HERZEGOVINA: Os Dragões vão fazer sua merecida estreia no maior palco do futebol mundial, depois de superar uma guerra civil sangrenta e diversos obstáculos esportivos. Bateram na trave em outros momentos, mas agora tiveram competência e uma dose de sorte para cair em uma chave com apenas um favorito. Devem classificar à fase seguinte se suas estrelas corresponderem.

Objetivo — Passar da 1ª Fase. Para isso os bósnios não precisarão realizar façanhas. Basta jogar o que sabem.

Números — 0 Copas — 0 jogos – 0 vitórias / 0 empates / 0 derrotas.

Histórico — estreante.

Destaques — Dzeko, Misimovic e Pjanic.

IRÃ: Os Persas vêm à Copa com um misto de sorte e competência, tirando do caminho o Uzbequistão, rival asiático favorito à vaga e melhor tecnicamente. Agora, a realidade é outra e os devotos de Maomé terão de assumir riscos para vencer uma partida e poder sonhar com uma inesperada classificação de fase. Mesmo contra dois adversários médios, não devem ter êxito.

Objetivo — Não fazer fiasco. Mesmo caindo em um grupo fácil, a vida dos iranianos será dura. Marcar gols é o desafio.

Números — 3 Copas — 9 jogos – 1 vitória / 2 empates / 6 derrotas.

Histórico — eliminado na 1ª Fase (1978, 1998, 2006).

Destaques — Shojaei, Nekounam e Ghoochannejhad.

NIGÉRIA: Foi fácil a classificação das Super Eagles para o Brasil. Os campeões africanos em 2013 já sentiram o “gostinho” do Mundial ao disputarem a Copa das Confederações. Mas vão precisar melhorar, e muito, para avançar. Os nigerianos defendem mal e parecem lentos e displicentes em alguns momentos, o que pode custar caro. Caso sigam adiante, a eliminação é iminente.

Objetivo — Passar da 1ª Fase. Mesmo com o pensamento indo além, a realidade dos africanos é partir cedo da Copa.

Números — 4 Copas — 14 jogos – 4 vitórias / 2 empates / 8 derrotas.

Histórico — 8ªs-de-final (1994, 1998), eliminada na 1ª Fase (2002, 2010).

Destaques — Obi Mikel, Emenike e Victor Moses.

Grau de dificuldade da chave: FÁCIL — É a Argentina e mais ninguém nessa chave muito fraca. O Irã não vencerá nenhuma partida. Fica a briga pela classificação em 2º lugar entre nigerianos e bósnios. O fator climático deve pesar à favor dos africanos se sua defesa for consistente.

Prognóstico — 1º Argentina, 2º Nigéria, 3º Bósnia e Herzegovina, 4º Irã.

_________________________________________________________________________________________

 

GRUPO G — ALEMANHA – PORTUGAL – GANA – ESTADOS UNIDOS

ALEMANHA: Atualmente, a Mannschaft é considerada a melhor seleção do mundo. O time mescla jogadores dos dois melhores clubes alemães do momento e representa a essência do futebol contemporâneo. Porém, a sorte parece não acompanhar os tedescos. A chave é duríssima e o caminho até a final é cheio de armadilhas. Mas quem duvida que eles não possam levantar a taça?

Objetivo — Título. Ser tetracampeã mundial é o objetivo perseguido há mais de 20 anos pelos germânicos.

Números — 17 Copas — 99 jogos – 60 vitórias / 19 empates / 20 derrotas.

Histórico — Campeã (1954, 1974, 1990), vice (1966, 1982, 1986, 2002), 3º lugar (1934, 1970, 2006, 2010), 4º lugar (1958), 4ªs-de-final (1962, 1978, 1994, 1998), eliminada na 1ª Fase (1938).

Destaques — Özil, Götze e Thomas Müller.

PORTUGAL: A Seleção das Quinas tem um dos melhores jogadores da atualidade, mas uma equipe que não corresponde na hora “H”. A classificação à Copa foi merecida, mas sofrida. Os lusos tiveram um destino aziago ao terem de estrear contra a Alemanha e vão precisar de bom futebol para sobreviver nesta chave perigosa. A tendência é seguir adiante e encarar cada jogo como uma final.

Objetivo — Semifinais. Porém, os portugueses podem cair bem antes se confrontados contra favoritos ao título.

Números — 5 Copas — 23 jogos – 12 vitórias / 3 empates / 8 derrotas.

Histórico — 3º lugar (1966), 4º lugar (2006), 8ªs-de-final (2010), eliminado na 1ª Fase (1986, 2002).

Destaques — Cristiano Ronaldo, João Moutinho e Bruno Alves.

GANA: Mesmo sendo a melhor seleção africana desde 2006, os Estrelas Negras foram contemplados com rivais indigestos e vão ter de suar muito para seguir em frente no Mundial. O ponto positivo é a união dos jogadores em torno do objetivo. O lado ruim é a defesa, que não é tão consistente quanto o restante do time. Se passarem de fase, podem repetir o resultado de 2010.

Objetivo — Atingir as 4ªs-de-final. Já será difícil a classificação para a fase seguinte. Mas quem acredita sempre alcança.

Números — 2 Copas — 9 jogos – 4 vitórias / 2 empates / 3 derrotas.

Histórico — 4ªs-de-final (2010), 8ªs-de-final (2006).

Destaques — Asamoah Gyan, Essien e Muntari.

ESTADOS UNIDOS: Há tempo os Yanks são considerados os melhores da CONCACAF, superando os vizinhos mexicanos. Classificaram-se facilmente para a Copa e agora precisam provar que não são somente uma potência olímpica. Os americanos tem uma boa equipe, que se recusa a perder. Suas chances de seguir adiante ficaram reduzidas pelo funesto sorteio, mas eles confiam.

Objetivo — Passar da 1ª Fase. A realidade seria outra se os norte-americanos não tivessem o azar de cair nesse grupo.

Números — 9 Copas — 29 jogos – 7 vitórias / 5 empates / 17 derrotas.

Histórico — 3º lugar (1930), 4ªs-de-final (2002), 8ªs-de-final (1994, 2010), eliminado na 1ª Fase (1934, 1950, 1990, 1998, 2006).

Destaques — Donovan, Dempsey e Michael Bradley.

Grau de dificuldade da chave: DIFÍCIL — Alemanha favoritíssima e Portugal buscando a classificação dentro de um grupo bem encardido, sendo um sorteio injusto para norte-americanos e ganeses. Todos os integrantes passaram de fase na Copa de 2010, mas agora dois ficarão de fora.

Prognóstico — 1º Alemanha, 2º Portugal, 3º Estados Unidos, 4º Gana.

_________________________________________________________________________________________

 

GRUPO H — BÉLGICA – ARGÉLIA – RÚSSIA – COREIA DO SUL

BÉLGICA: Os Diabos Vermelhos voltaram em grande estilo e com um futebol vistoso. Jovens atletas de alto nível técnico vão garantir aos belgas bons resultados pelos próximos 10 anos. Como cabeça de chave, devem confirmar uma classificação tranquila. O limite da equipe ainda é desconhecido e, por isso, devem ser respeitados pelos adversários. A inexperiência pode pesar contra.

Objetivo — Semifinais. A realidade permite aos belgas sonharem com voos altos. Mas o mau tempo (clima) pode prejudicá-los.

Números — 11 Copas — 36 jogos – 10 vitórias / 9 empates / 17 derrotas.

Histórico — 4º lugar (1986), 4ªs-de-final (1982), 8ªs-de-final (1990, 1994, 2002), eliminada na 1ª Fase (1930, 1934, 1938, 1954, 1970, 1998).

Destaques — Hazard, Fellaini e Lukaku.

ARGÉLIA: As Raposas do Deserto conseguiram seu bilhete para a Copa “com a calça nas mãos”. Praticam um futebol antiquado e defensivo, sendo que outras seleções africanas poderiam estar em seu lugar (Egito ou África do Sul). Tiveram sorte nas eliminatórias e também no sorteio, mas não devem complicar para belgas e russos. Podem arrancar um ponto contra os coreanos e nada mais.

Objetivo — Não fazer fiasco. Primeiro, os argelinos precisam marcar gols. Empatar um jogo é motivo para comemoração.

Números — 3 Copas — 9 jogos – 2 vitórias / 2 empates / 5 derrotas.

Histórico — eliminada na 1ª Fase (1982, 1986, 2010).

Destaques — Lacen, Djebbour e Bougherra.

RÚSSIA: Os russos garantiram seu lugar na Copa com louvor. Ainda apresentam instabilidade em algumas partidas, mas se vê que há uma solidez defensiva e um futebol de contra-ataques. Os herdeiros da CCCP não tem grandes ambições e precisam se preparar para 2018, quando receberão o evento. Podem engrossar contra adversários superiores, mas não devem chegar longe.

Objetivo — Atingir as 4ªs-de-final. Os russos esperam rivais difíceis em um cruzamento na fase seguinte. Mesmo assim, suas chances não são desprezíveis.

Números — 9 Copas — 37 jogos – 17 vitórias / 6 empates / 14 derrotas (incluindo URSS).

Histórico — 4º lugar (1966), 4ªs-de-final (1958, 1962, 1970, 1982), 8ªs-de-final (1986), eliminada na 1ª Fase (1990, 1994, 2002) (incluindo URSS).

Destaques — Kerzhakov, Shirokov e Akinfeev.

COREIA DO SUL: Houve queda de rendimento considerável dos Tae Guk Warriors de 2002 para cá. A classificação ao Mundial foi difícil e não motiva os sul-coreanos a obter grandes façanhas. Demais disso, é bom abrir os olhos porque os asiáticos correm muito e descem o sarrafo na mesma medida. Se vão ir adiante? Só se os adversários jogarem abaixo das expectativas.

Objetivo — Passar da 1ª Fase. Se os orientais conseguirem a proeza da classificação, já estarão satisfeitos mesmo se forem esmagados pela Alemanha nas 8ªs.

Números — 8 Copas — 28 jogos – 5 vitórias / 8 empates / 15 derrotas.

Histórico — 4º lugar (2002), 8ªs-de-final (2010), eliminada na 1ª Fase (1954, 1986, 1990, 1994, 1998, 2006).

Destaques — Son Heung-Min, Koo Ja-Cheol e Park Chu-Young.

Grau de dificuldade da chave: FÁCIL — Talvez uma das chaves mais previsíveis do mundial. Bélgica e Rússia devem classificar com “um pé nas costas”. Mas todo o cuidado é pouco contra os coreanos. Desconfio que os argelinos sequer marcarão um gol nos três jogos.

Prognóstico — 1º Bélgica, 2º Rússia, 3º Coreia do Sul, 4º Argélia.

_________________________________________________________________________________________

EM RESUMO:

Favoritos ao título — Brasil, Alemanha, Argentina, Espanha e Itália.

Podem surpreender — Holanda, Bélgica, Colômbia, Uruguai, França e Portugal.

Não devem ser protagonistas — Inglaterra, México, Suíça, Croácia e Rússia.

Incógnitas — Chile, Equador, Estados Unidos, Japão, Nigéria e Costa do Marfim

Fiéis da balança — Camarões, Bósnia e Herzegovina, Gana, Coreia do Sul e Grécia.

Sacos de pancada — Costa Rica, Irã, Argélia, Austrália e Honduras.

Corria solta a notícia de que Seu Tertuliano andava de mal a pior. De fato, algo aconteceu, pois há tempos o velho não aparecia mais na Bodega do Nicanor para comprar seu farnel de rapadura, linguiça, cachaça, erva-mate e fumo em rolo. Alguns diziam que o índio tivera uma crise braba de reumatismo. Outros comentavam que ele foi picado por um jararaca. Um vizinho que havia comprado gado do Seu Tertuliano há pouco tempo falou ao vigário do povoado depois da missa dominical que o velho estava morrendo e que, inclusive, teria recusado atendimento médico.

O sol mal inicia sua aurora e uma Kombi velha já roda pela estrada de chão depois de uma noite de chuva fraca. São poucas curvas, mas muitas coxilhas para serem vencidas. O vento frio da madrugada de primavera entra pela janela do veículo e traz consigo um cheiro de capim molhado misturado ao de zorrilho. Desde a casa paroquial até o sítio de Seu Tertuliano são 18 quilômetros de um caminho vicinal que não possibilita rodar a mais do que 30 km/h. O condutor quase se arrepende da ideia de ir até o moribundo porque não se trata de um fiel frequentador das missas, mas sim de um homem rude, de péssimos hábitos e cuja fama é a de um pecador incorrigível, de um promíscuo que se jactanciou a vida inteira por praticar obscenidades.

O Padre enfim chega ao local indicado. Desce da Kombi e abre a porteira, que estava trancada com uma pequena tramela que quase não mantinha a pesada armação de madeira no lugar. Ele adentra com o veículo na propriedade, apeia e torna a fechar a porteira. O trilho de terra molhada leva até um ponto onde havia uma pequena área descampada, com uma capunga e um forno de barro, quase lindeiros ao casabre com mais de um século de construção. A estranha arquitetura remetia às casas castelhanas, com um toque colonial. O religioso sai do veículo e se depara com um cachorro grande e ignóbil a poucos metros dali, que se entretinha com restos de uma paleta de ovelha, mal dando atenção ao intruso.

A porta não estava trancada e o Padre entra sem bater. O ambiente dentro da tapera não era muito salubre e as janelas estavam fechadas. O odor predominante era de comida velha e fumaça, mas também era possível sentir cheiro de esterco. Os poucos móveis são toscos e antigos. Havia uma chaleira de ferro sobre um fogão à lenha, já sem cor, panelas sujas em uma mesa de pinho e moscas varejeiras voejando pelo ambiente. O soalho de madeira vai rangendo com os passos incertos rumo ao único cômodo de onde vinha luz e no qual repousava o proprietário do latifúndio.

Com os olhos semicerrados, Seu Tertuliano apenas murmura de forma sôfrega.

– Se for bandido pode levar tudo! Se for jornalista, não falo nada! Se for à mando do Nicanor, diga que pago os fiado com boi vivo!

– Calma, Seu Tertuliano. Sou o Padre da comunidade. Soube que está muito doente e vim dar-lhe o sacramento da unção dos enfermos!

Arre! Vai te embora, corvo agourento! Não quero saber de nenhum comedor de hóstia na minha casa! Xô! Vade retro!

Visivelmente irritado, mas pensando em todo o sacrifício de estar ali por uma grande causa, o Padre prossegue sua tentativa de cativar o moribundo.

– Sei que o senhor não foi um homem penitente, pouco temente à Deus e que não possui nenhuma das virtudes cristãs. Mas sei que Ele tem planos para o senhor “lá” em cima! Para isso, preciso encomendar sua alma ao Criador!

Sem compreender a intenção do Padre, Seu Tertuliano faz uma careta interrogativa, oportunizando ao Padre prosseguir.

– O senhor não gostaria de quitar sua dívida com Cristo e poder descansar em paz? Resolver todas as suas diferenças com o Pai Eterno? Conseguir sua passagem para o paraíso? Para isso, o senhor terá de confessar seus pecados. Todos!

– Tchê! Eu só não te mando à merda em respeito à batina que tu veste. E também porque eu não tô podendo nem com as calça…

– Ach, mein lieber gott!

A la fresca! O que Vossa Santidade quer? Pois le digo… eu desrespeitei bem mais do que dez mandamentos!

– Tenho certeza que não, Seu Tertuliano. Acredito que sua alma ainda pode ser resgatada das chamas do orco. Todos merecem salvação, inclusive o senhor!

Quer dizer, entonces, que se eu desembuchá tudo o que aprontei na vida eu posso me livrar do inferno, do dito cujo, do chifrudo?

– Creio piamente que Deus vai perdoá-lo e o senhor não saberá o que é o inferno. Mas desde que se arrependa dos pecados, ja wohl?

Os modos afáveis e o sotaque de alemão do Padre conquistaram a simpatia de Seu Tertuliano, que àquela altura dos acontecimentos, já não tinha forças e tampouco argumentos para rebatê-lo. A visita inusitada e o fato de ter a certeza de que estava definhando relegou ao gaúcho um sentimento de conformismo.

Pois bem, seu Padre! Vô começá pelo fim, já que ele tá perto. Faiz uns dez dia que eu comprei uma égua nova do vizinho, pras lida campeira, sabe como é… Fui dar um banho na bicha lá na sanga e me veio umas comichão… mas a potranca não estava muito acostumbrada e me coiceou duas veiz! A primera foi bem na boca do estômago! E a outra foi direto nas peia… Dói até de lembrar!

O Padre não estava acreditando no que ouvia. Como poderia um homem idoso, com idade para ser seu pai, sodomizar um pobre espécime equino? Mas Seu Tertuliano continuava o fatídico relato.

– O tareco de mijar tá sem serventia… não presta prá nada! Despues, comecei a ter umas queimação no bucho e não consegui mais comer carne. De uns dias pra cá, ando mijando sangue…

– E porque o senhor não foi até o médico ou para um hospital? Deve estar com uma hemorragia interna!

– Tô com 86 anos na paleta e nunca fui ver dotor! E me orgulho disso! Todas as moléstia que tive eu curei com mel e cachaça! Ah… e às veiz eu colocava umas macela no mate, quando aziava o fíguedo…

Seu Tertuliano não conseguiu concluir a frase e começou a tossir como um tuberculoso. O Padre tinha certeza que seu Tertuliano estava morrendo, mas não se sente nem um pouco à vontade para lhe conceder a unção dos enfermos. Como um sacerdote correto, não podia suprimir expedientes eclesiásticos necessários, sob pena de ter de responder por violação de regra canônica à Cúria Metropolitana, como sói acontecer em casos análogos.

– Mas o senhor não deveria fazer essas maldades com os animais! Isso não é normal! Desde quando o senhor pratica bestialismo?

– Bestia o quê?

– Bestialismo… sexo com animais!

– Ah… a barranqueada! Isso eu faço desde que me conheço por gente, lá pelos 10, 11 anos. Comecei com galinha. Despues, fui pras cabrita. Quando o membro já estava desenvolvido, passei a cobri as vaca. As égua foi só depois que fiquei viúvo. Ah… e ovelha eu só pego no inverno…

– O seu caso é muito grave, Seu Tertuliano. Não sei se sua alma será salva!

– Diacho! Mas tu me prometeu! Não vá me despachá para o capeta! Agora eu quero meu lugar no céu!

Um certo clima de impasse se estabelece no recinto por alguns minutos. Sentindo que sua saúde era periclitante, Seu Tertuliano começa a cofiar o bigodão gris e pede ao Padre para lhe alcançar o palheiro.

– O senhor não poderia fumar! Está muito mal de saúde!

– Justamente! Vou fumá porque não me resta outra côsa! Me risca um frósfro e acende logo esse pito, hôme!

Seu Tertuliano dá algumas baforadas e mal consegue segurar o palheiro. O Padre espera pela continuação do enredo nefasto que possivelmente sairá da boca daquele sujeito que não merece a salvação.

– Teve uma veiz, seu Padre, que eu fui à um baile só de perneta! Era uma judiaria ver aquele monte de gente pulando que nem saci, mas me diverti barbaridade! Teve um outro causo lá em Tupanciretã que…

O Padre já nem ouvia com atenção os delírios daquele velho que se esparramava pela cama encardida. Seu Tertuliano divagava sobre rinhas de galo, brigas de adaga e conquistas amorosas, enquanto o vigário passava os olhos pelo quarto em busca de alguma informação. De toda a bagunça que havia, se ateve a um velho guarda-roupas sem portas, uma mesinha com uma bacia d’água, um bacamarte antigo pendurado em um tira de couro na parede e um quadro com um retrato do time do Internacional campeão gaúcho de 1961. Ao se aproximar para ler os nomes dos jogadores, ouviu um berro.

– Padre! Me traz a canha que tá lá na cozinha! Me deu uma sêde…

– Além de fumar, o senhor ainda quer beber álcool? No seu estado de saúde, deveria apenas ingerir água! E ainda não são nem oito horas da manhã!

– Arre! Tomá água faz criar sapo na barriga! Vai lá e busca de uma veiz a caninha, hôme de Deus! Se eu vou morrê, que seja o meu último trago!

Com a garrafa sem rótulo nas mãos, o clérigo derrama dentro de um copo uma pequena quantidade daquele líquido levemente amarelado. Com um misto de censura e estímulo no olhar, Seu Tertuliano faz o visitante encher o copo. O velho peão bebe a cachaça dum sorvo só, fazendo barulho e estalando os beiços ao final.

– Côsa fina… de primera qualidade! Me vê mais um!

– O senhor é dono dessas terras?

– Por supuesto! Comprei depois que ganhei uns pila na política. Côsa que muita gente sabe por aí… o vigário não sabia?

– Não! Sim! Bem, era só para ter certeza! O senhor não teve esposa… filhos?

– Óia… eu fui amigado com uma mestiça, a Honorina, mas isso faiz mais de 50 ano. Ela morreu ainda nova, sabe? Teve bexiga. Despues eu não quis mais sabê de mulé me incomodando. Filho eu não tive. Pelo menos que eu sei…

– E o senhor não pegou varíola também? Não ficou doente na época?

– Se fiquei, eu não sei. Com eu já le disse, sempre me tratei com mel e cachaça…

Julgando que aquele troglodita tivera mais sorte do que juízo na vida, o Padre continua a perguntar.

– E irmãos, o senhor teve?

– Não conheci nenhum. Meus pais eram mui pobres e fui criado pelo meu padrinho. Apanhava de vara de guanxuma e de relho todo o dia. Eu não tive nenhum contato com irmão. Não sei nome e nem se tá vivo…

– Então o senhor é sozinho no mundo?

– É… não que seje uma côsa que me dê orgulho, mas pelo menos pude fazê o que bem quis… prá quê filho? Hay gente demás no mundo!

Para o Padre, essa declaração de Seu Tertuliano foi como luz na escuridão. A ausência de herdeiros era uma informação que não havia cogitado. Nisso, os pensamentos impuros do pároco são interrompidos por uma sucessão de peidos estrepitosos, empesteando o ambiente. A flatulência do moribundo torna o Padre pouco paciente para prosseguir na oitiva de mais histórias escabrosas. Aquilo estava sendo uma insana sessão de tortura.

– Êita, Padre! Acho que acabei me cagando com essa peidança! Me limpa? Ali no ropero tem uns pano de prato!

– Claro que não! Estou aqui para ouvir sua confissão e lhe dar o sacramento! Não quero saber de imundícies!

– Buenas… se o vigário não se importá com o fedor…

O Padre abriu a janela e pôs o nariz para fora. Seu Tertuliano continuou contando histórias e os problemas que sofreu quando era abigeatário, praticando crimes nos dois lados da fronteira. Divagou por alguns minutos e concluiu que pouco importava se fosse dançar com o capeta, porque já havia conhecido o inferno, neste mundo mesmo. Pior não seria.

– Eu tenho de le dizer uma côsa: até que matei pôca gente nessa vida, Padre! Mas sempre em legítima defesa, quando fui segurança de baile ali em Quaraí… tinha índio metido a valente que foi pra faca! E despues, os polícia me aliviava e o juiz da comarca era frequentador da bailanta… entonces, estava tudo em casa!

– Se o senhor já foi julgado pela justiça dos homens, eu não me importo. Daqui a pouco será Deus quem vai julgá-lo!

Aquela sentença proferida pelo Padre deixou Seu Tertuliano ressabiado. Uma nova crise de tosse acometeu o moribundo. Então, pediu ao vigário que alcançasse o penico que estava embaixo da cama. O sacerdote se agachou e pegou pela alça o objeto de metal branco, que estava com mijo estagnado há dias. Seu Tertuliano aproxima o rosto do utensílio e escarra algo purulento. O Padre sente uma ânsia de vômito, mas se controla e defenestra todo o conteúdo pela janela.

– Seu Tertuliano, vou respirar um pouco lá fora…

– Vá tomar uma fresca! Porque aqui drentro a côsa tá feia!

O dia estava bonito lá fora e o Padre caminhou pela propriedade. Percebeu atrás da casa a existência de uma horta abandonada, mas com algumas verduras e legumes vicejando. Viu que havia um curral muito grande, com boas pastagens e uma sanga ao final da descida da coxilha, rodeada por árvores nativas. O vigário gostou bastante daquelas paragens e decidiu que chegara a hora de fazer aquilo que havia planejado. Entrou no quarto e o cheiro parecia ainda pior do que quando chegara. Teve de acordar o veterano, que roncava e respirava com dificuldade.

– Pelo que vi, Seu Tertuliano, sua lista de pecados em vida é muito grande! Sua penitência, caso fosse possível, seria rezar durante dias e noites… mas acho que o senhor não terá tempo para isso!

– E isso é novidade pra mim? Já le disse antes que não fui santo!

– Não vejo como o senhor conseguir seu lugar no céu e obter o perdão divino, a menos que tenha um ato de extrema bondade ainda em vida!

– Ocha! Mas o que eu posso fazê agora, deitado nesse catre, todo cagado…

– Seu Tertuliano, me diga uma coisa! Quero que seja sincero e responda sem pestanejar, até porque tempo é um luxo que o senhor não dispõe…

– Pois pregunte, hôme…

– Já que o senhor não tem herdeiros, suas terras vão ficar com o Estado, com o governo…

– Mas bah! Isso eu não quero!

– Nesse caso, o senhor não deixaria as suas terras para a Igreja?

– Hein?!

– Sim… para que possamos levar adiante projetos em benefício da comunidade, dos carentes? Diga… o senhor concederia essa dádiva para garantir à sua alma o descanso eterno, livre dos agouros das trevas?

Seu Tertuliano demora a responder, mas acaba concordando. Disse que, no fim das contas, se o dinheiro que ganhou para comprar o sítio não foi muito lícito, deveria mesmo era deixar para a caridade. Mas Seu Tertuliano ainda queria fazer um pedido. Uma última exigência para consolidar aquele pacto.

– Padre… vi que mesmo sendo um hôme à serviço da Santa Madre Igreja, o amigo também é… hôme! Ou não é?

– Sim. Sou homem. Por que a pergunta?

– É que… como é que os padre se controla? Não fazem nada? E como fica quando o membro fica mais duro que aspa de touro brasino?

– Eu não posso responder sobre essas coisas, Seu Tertuliano. Os clérigos devotam sua vida à Cristo e renunciamos à todas as tentações carnais. Todas! Tudo é uma questão de fé e de autocontrole!

– Arre! Pois agora é a sua veiz de confessá alguma côsa, Padre! E é melhor que diga algo bem danado, porque senão vô deixá tudo pros milico!

A chantagem imposta pelo esgualepado e nauseabundo Seu Tertuliano não estava entre as expectativas criadas pelo Padre. Ora, o safado queria ouvir dele uma confissão. E das boas. Sentindo que não conseguiria enrolar o velho, o Padre começou a contar uma história.

– Bom… quando eu era adolescente, com 12 ou 13 anos de idade, eu fiz algumas coisas que guris faziam no interior. Depois das brincadeiras normais, nós íamos ao mato para fazer uma espécie de troca de experiências, sabe?

– Sei, sei! A piazada fazia a meia! Rá rá rá! O senhor também fez a meia, hein Padre? Rá rá rá!

– Sim… mas eu não gostava de ser passivo!

– Sei, sei!

– Depois disso, eu nunca mais quis saber de coisas mundanas! Fui para o seminário e me livrei desses fantasmas!

– Mas e lá no tal seminário, Padre… não acontecia côsas parecida?

– Que eu saiba não! Eu só fiquei sabendo que havia circulação de revistas masculinas e que a masturbação era permitida, desde que o indivíduo se penitenciasse!

– A la fresca! Pelo menos vi um Padre confessando pecado! E logo pra mim, o maior pecador da paróquia! Rá rá rá! Já posso morrê em paz!

– Sei que o senhor não contará isso a ninguém…

– E se eu não morrê, Padre? Vai me matar estrangulado? Rá rá rá!!

– Seu Tertuliano, não diga aleivosias! Ninguém acreditaria nisso! Sou um sacerdote respeitável! Tenho conduta ilibada e minha consciência tranquila!

– Buenas, Padre… a Igreja pode ficar com essas terra! Não vou levá nada comigo para o além… mas como vamo punhá no papel isso agora?

Aliviado, o Padre pede licença ao fanfarrão que estava indo à óbito e sai da tapera. Pega o celular e liga para o tabelião da Comarca. Depois de duas horas, aparece o notário com uma máquina de escrever Olivetti. O Padre vai recebê-lo e conversam por cinco minutos antes de entrar na casa. Depois de acertados, o tabelião pergunta ao Seu Tertuliano.

– É isso que o senhor deseja? Deixar suas terras… à Igreja?

– Sim! É isso que eu prometi! Pro governo eu não quero deixá nada!

O tabelião lavra uma escritura de doação em vida da propriedade de Seu Tertuliano em favor de uma irmã “solteirona” do Padre. Àquela hora, já sem forças, Seu Tertuliano já não falava muito, nem respirava direito. Recebeu mais um copo de canha na boca e deixou o palheiro cair no chão. Segurou a caneta com dificuldade e assinou o documento sem conseguir ler, até porque não era muito afeito às letras.

Cumprindo com o prometido, o Padre administrou o sétimo sacramento ao já quase inerte Seu Tertuliano, fazendo a reza litúrgica e ungindo as mãos do enfermo. O notário se despede do Padre e ambos saem para a rua.

Passados alguns minutos, Seu Tertuliano tem a sensação de que está caminhando por um trigal dourado rumo à um pôr do sol brilhante. Avista muitos cavalos pastando em colinas verdejantes e figueiras imensas. Nessa caminhada, encontra Honorina, sua antiga companheira, e muitos outros que não via há tempos. Ele tenta chorar, mas não consegue. Tudo era perfeito.

O Padre volta para o quarto e se certifica que Seu Tertuliano não está mais vivo. Cerra os olhos do defunto, faz o sinal da cruz e sai da tapera, respirando o ar puro do entardecer. Depois de ligar para o serviço funerário mais próximo, começa a planejar mentalmente: precisa colocar abaixo aquele casebre, instalar cercas, construir uma casa adequada… Afinal, vai utilizar o sítio para os próximos retiros espirituais com os velhos colegas de seminário.

A volta dos que foram

Publicado: 03/11/2013 por Wolfarth em Extra!!! Extra!!!

Buenas, gurizada!

Já se passaram 2 anos e tanto desde que o último post foi escrito no blog.

Muita coisa mudou: teve nêgo que virou pai, teve outro que se mudou de estado e outro que, aparentemente, não mudou. Mas cada um foi deixando de escrever para o blog com a complacência recíproca dos demais acadêmicos.

Entretanto, confesso que bateu uma nostalgia repentina neste domingo e resolvi ler (quase) tudo o que foi publicado e considerei que nossa produção literária foi SENSACIONAL, tendo sido extremamente prolífica no outono de 2007.

Então, pensei: por que isso acabou? Será falta de ideias? Ou é devido ao pouco tempo disponível para escrever?

Enfim, seja o que for, vou tentar manter uma produção regular e, quiçá, estimular os meus amigos a voltar à ativa.

Conto com vocês!

Abraço do Alemão, direto de Floripa.

Quando o árbitro Jean Pierre de Lima apitou pênalti para o Novo Hamburgo aos 22 minutos do 2º tempo, momento em que o Inter vencia o jogo por 1 x 0, o pressentimento que tive desde o início do jogo virou certeza: estavam conseguindo tirar o Inter do caminho do Grêmio e eliminá-lo do 1º Turno do Gauchão 2010.

Desde o começo do campeonato, o Inter utiliza reservas e dá pouca importância à competição regional, na intenção de preparar o grupo de jogadores para a Libertadores da América, objetivo principal do 1º semestre. Quando a FGF manteve inalteradas as datas das últimas partidas do Colorado, os dirigentes do Inter resolveram escalar reservas e atletas do time B na semifinal do turno contra o Novo Hamburgo, pois suas reivindicações não foram atendidas.

A FGF, obviamente, sentindo o desprestígio do Gauchão 2010, concluiu que o Inter não merece conquistar o tricampeonato estadual, pois despreza (com razão) o seu torneio. Escalaram um árbitro tendencioso (pra não dizer outra coisa) que marcou uma série de faltas inexistentes contra o Inter durante o jogo, distribuiu cartões amarelos sem qualquer motivo para os atletas colorados e, por fim, apontou pênalti para um lance que TODOS viram que não foi nada. No fim, com mérito, o Nóia marcou seu gol da vitória. Mas tudo começou a mudar com o tal pênalti inventado pelo Sr. Jean Pierre de Lima, a mando de forças ocultas.

Parabéns, chinelagem, vocês conseguiram! Realmente, o Inter venceria esse Gauchão com facilidade, no 1º e no 2º Turno, sem ter finalíssima. A grande mídia gostou, quem manda no jogo também. Imagina! O Inter anda ganhando demais, temos de dar chances para os mais fracos, aqueles que tentam todo ano e não vencem…

Gremistas… comemorem, porque vocês só vão ganhar Gauchão se não houver Gre-Nal!

Aos 6 anos, o labrador Skeeter é bacharel em direito. No início de novembro, ele recebeu o diploma honorário da Universidade de Baylor, no estado americano do Texas, após acompanhar durante dois anos e meio todas as aulas exigidas para se graduar.
Ela convive com o animal desde 2004. “Ele me ajuda a pegar objetos, já que tenho dificuldades para manipular canetas, por exemplo”, conta Amy.
O diploma da escola de direito da Baylor dá ao cão o título de “dog’tor”, um trocadilho entre os termos “doctor” (doutor, em inglês) e “dog” (cão).
Skeeter, segundo seus colegas de curso, era um participante ativo das aulas. Ele ficava quieto pelo menos durante a maior parte das preleções dos professores, mas rosnava ou latia quando alguém falava por muito tempo.
Ao contrário de sua dona, o cão não deve prestar exame da ordem dos advogados do Texas. “Ele está satisfeito com o diploma”, brinca Amy.

As perguntas para meus amigos (a partir de agora não sei se ex-amigos!) Felipe e Cachorrão:

Será que ele teria lugar no mercado de trabalho aqui?

Será que passa no exame da OAB?

Ele deve saber fazer uma “peticão”?

Difícil é eles encontrarem um cachorro que tenha recebido diploma de Tecnólogo em Polímeros. Nem cachorro sarnento se disporia a fazer este curso (já me adiantando as possíveis críticas).

Inter 4 x 1 Grêmio

O título acima, alusivo aos nossos desalentados vizinhos segundinos, não merece qualquer reparo. Foi uma lavada, uma partida sensacional do INTER, que poupou o combalido rival de sofrer uma estrondosa goleada ao “tirar o pé do acelerador” no segundo tempo do jogo.

Mesmo que este não esteja sendo um ano dos melhores para os Colorados, a conquista do Gauchão com o balaio de 8 gols sobre o Juventude e a goleada de ontem representam a superioridade direta do INTER sobre seus adversários regionais. Só que isso não basta para nossas pretensões de clube Campeão do Mundo, título conquistado “anteontem”.

A irregularidade da campanha no Brasileirão está impedindo o clube de disputar o título da competição, haja visto que necessita de 100% de aproveitamento até o final para ser campeão. Já para a vaga na Libertadores, o objetivo está mais ao alcance, bastando a conquista de 23 pontos nos últimos 33 a serem disputados. Sim, é necessário fazer algo próximo de 70% para ficar em 3º ou 4º lugar no Brasileirão. Mas, para quem está vencendo 4 partidas seguidas, tal rendimento é viável.

Confesso que tenho sido um crítico contumaz, exigente e pessimista do nosso sagrado clube, mas a atitude se impõe face às exigências. As contratações, os investimentos e as belíssimas atuações em alguns prélios foram elementos que deram suporte à esperança da massa vermelha. Porém, a irregularidade, as falhas ocasionais em partidas decisivas e o “racha” no grupo de jogadores detectado há pouco tempo trataram de frear o crescimento do time no mês de julho, logo no momento em que mais foram disputadas partidas pelo Brasileirão.

Com isso, a perda de pontos irrecuperáveis naquele interregno levou o clube à posições intermediárias na tabela de classificação, de onde ainda não conseguiu sair, mesmo vencendo 4 seguidas. Não era para eu ter razão nas críticas ferrenhas? Óbvio que sim!

Agora o time parece engrenado, ensaiado, preparado fisicamente e unido. Ah, se tivesse sido assim desde maio…

Buenas, como eu disse no meu último post, não sei se existe(m) outro(s) universo(s). Nem mesmo o sapiente Crânio ousou formular alguma teoria sobre o assunto, motivo pelo qual concluí que os universos paralelos não estão ao nosso alcance.

Ato contínuo, deletei o meu blog pessoal denominado “Universo Paralelo do Futebol”, local ermo e desabitado, onde reinava o império das baratas e das aranhas, sem ter um post novo há quase um ano. Convenhamos que de “universo” aquele submundo não tinha nada!

Evidentemente que o propósito adotado de me dedicar exclusivamente à ABRIC (ou futura ABRICON) é muito mais atraente, dada à grandiosidade do projeto elaborado pelo acadêmico BidDog, não havendo mais qualquer motivo para manter página paralela voltada estritamente para o esporte bretão.

Enfim, o “Universo Paralelo do Futebol” já vai tarde. Há muitos outros assuntos interessantes para serem comentados além do futebol e, por isso, confio cegamente nesta tríade intelectualmente acima da média para acabar com a pasmaceira e com muitas idéias curtas que grassam pelo mundo virtual, este sim, um verdadeiro universo dentro do universo.

Barranqueada à holandesa…

Publicado: 30/07/2007 por Wolfarth em Extra!!! Extra!!!, Nem fodendo...

A polícia holandesa informou que deteve um homem suspeito de ter feito sexo uma ovelha na localidade de Haaksbergen, na região leste do país, e agora está investigando se o animal sofreu. A polícia pretende determinar se a ovelha sentiu dores durante o ato, já que na Holanda o bestialismo (prática sexual com animais) só é punido quando se pode comprovar que o animal sofreu. O partido trabalhista no governo (Pvda) apresentou em abril um projeto de lei para proibir o sexo e a pornografia com animais.
A detenção do homem ocorreu na sexta-feira (27), depois que o proprietário da ovelha apresentou uma denúncia à polícia. Mas a prisão não foi homologada pelo juiz da cidade.

Com informações da agência de notícias holandesa ANP.

Ou seja: só vale se o bichinho relaxar e gozar. Senão, vai em cana, mermão!

A 1ª Turma do TRT da 4ª Região condenou a Companhia de Bebidas das Américas – Ambev ao pagamento de indenização de R$ 100 mil por danos morais a funcionário que sofria de alcoolismo e exercia a função de degustador, relacionando a moléstia à ocupação profissional. A sentença de primeiro grau fora de improcedência dos pedidos.

Em seu recurso, o trabalhador – que atuava na unidade da Ambev em Erechim (RS) alegou que a empresa não cumpria a obrigação de fornecer condições salutares de trabalho para impedir que fosse acometido da moléstia. Informou que, durante mais de uma década, ingeriu de 16 a 25 copos de cerveja em um turno de oito horas, cinco ou seis dias da semana, perfazendo um total de um litro e meio ao dia.

Soma-se a isso uma garrafa de cerveja, fornecida pela empresa a cada final de expediente diário, em razão de acordo mantido com o sindicato.

A AmBev é a maior indústria privada de bens de consumo do Brasil e a maior cervejaria da América Latina. Foi criada em 1º de julho de 1999, com a associação das cervejarias Brahma e Antarctica. Líder no mercado brasileiro de cervejas, está presente em 14 países. Com a aliança global firmada com a InBev, em 3 de março de 2004, a Companhia passou a ter operações na América do Norte com a incorporação da Labatt canandense.

Segundo o relator do processo no TRT-4, juiz José Felipe Ledur, a análise dos laudos médicos atesta que o empregado possui predisposição familiar ao alcoolismo e já era portador da síndrome de dependência do álcool quando passou a realizar a degustação de cerveja, ocorrendo a evolução da doença durante o período que realizou a atividade.

A dependência etílica se tornou mais grave nos últimos cinco anos, depois do autor ter iniciado a exercer a função de degustador, evidenciando-se por sintomas de irritabilidade, tremores nas mãos, taquicardia e persistência de igual consumo de bebidas alcoólicas durante as férias.

Diante dos fatos, os juízes da 1ª Turma do Tribunal consideraram que “a empresa teve conduta negligente uma vez que atribuiu ao empregado a função de degustador, apesar de sua condição de saúde, bem como não fiscalizou o consumo da bebida”. O julgado registrou que “propiciar uma garrafa de cerveja aos empregados no final do expediente constitui incentivo à persistência do vício, bem como à adesão de outros empregados ao consumo diário de cerveja”.O relator definiu como “reprovável essa prática, mais ainda considerando que decorre de acordo mantido com o sindicato da categoria profissional, o qual deveria zelar pela saúde dos empregados e não incentivar hábito propício ao alcoolismo, procedimento ofensivo à dignidade dos trabalhadores”. Em decorrência, foi determinada a expedição de ofício ao Ministério Público do Trabalho para ciência de tal situação.

Um juiz de Washington, nos EUA, está processando uma lavanderia por terem perdido a calça de um de seus muitos ternos. Na ação, que já dura dois anos, Roy L. Pearson Jr. quer que os proprietários da lavanderia paguem não menos do que US$ 65 milhões. O caso vai a julgamento no dia 11 de junho.De acordo com Chris Manning, o advogado da família que é dona da lavanderia, o caso desmoralizou seus clientes, imigrantes sul-coreanos que pensam seriamente em voltar para seu país. Por outro lado o caso ganhou notoriedade e algumas organizações pedem que a ação de Pearson seja considerada exagerada, improcedente e que o juiz perca seu cargo na Corte de Direito Administrativo de Washington.

Segundo informa o saite Terra, o caso começou em 2005 quando Pearson tornou-se juiz. Na ocasião, ele comprou diversos ternos para cumprir suas tarefas profissionais e passou a ser cliente da lavanderia Custom Cleaners. Semanas depois, a calça de um terno foi perdida. O magistrado pediu que os proprietários pagassem US$ 1000, o valor de um conjunto novo.

Dois dias depois, entretanto, a calça foi encontrada e a família Chung se recusou a pagar o valor pedido por Pearson. O juiz por sua vez alegou que a calça encontrada não era a sua e decidiu acionar a lavanderia legalmente.

O advogado Manning disse que, ao longo do processo, os proprietários ofereceram três acordos a Pearson, nos valores de US$ 3 mil, US$ 4,6 mil e então US$ 12 mil. Mas, não querendo voltar a utilizar os serviços da Custom Cleaners, o juiz não aceitou e chegou a pedir US$ 15 mil, mais o valor pelo aluguel de um carro durante dez anos para levar suas roupas a outra lavanderia.

O juiz Person chegou ao pretendido valor de US$ 65 milhões, depois de interpretar a lei de defesa do consumidor em Washington que impõe multas diárias de US$ 1500 por violação. Pearson contou 12 violações, multiplicou por 1.200 dias e triplicou o valor, afirmando que a ação apontava três réus (a pessoa jurídica da lavanderia e seus dois donos).

Grande parte dos argumentos de Pearson está em duas placas que a Custom Cleaners tinha em sua parede e que diziam: “satisfação garantida” e “entregamos no mesmo dia”.O juiz afirma que as placas indicam atividade fraudulenta por parte da lavanderia.

Boa notícia

Publicado: 14/04/2007 por Crânio em Extra!!! Extra!!!, Tosco Futebol Clube

Colorados do mundo, regozijai-vos.

Finalmente Vitório Píffero e Giovani Luigi fizeram uma transação que irá elevar o nível do elenco do nosso glorioso SC Internacional.

Foi anunciada a venda do atacante Michel para o Oita Trinita do Japão. Com esta transação garante-se que este individuo que se dizia jogador de futebol fique o mais afastado possível do Beira-Rio. E que mantenha-se assim ad eternum!

Ahhh, o valor da transação eu não sei. Nem importa, tem certas coisas na vida e no futebol que não tem preço!!!

Por Felipe Wolfarth

 

Tudo o que se sucederá com o mundo em algumas décadas ainda é incerto. Mas as previsões sobre o clima do futuro remetem à conclusões nefastas.

 

Como todos sabem, o planeta está sendo aquecido de forma gradativa pela ação humana, por meio da queima de combustíveis fósseis e até por arrotos bovinos (acreditem!).

Esse aquecimento já pode ser observado pela análise do gelo nos pólos e na Groenlândia, principalmente o degelo do pólo norte, sob o qual situa-se o Oceano Glacial Ártico. Naquelas paragens o derretimento das glaciações está acelerado, sendo inevitável o desmantelamento da calota polar original.

Entre 2055 e 2080, a Terra será bem diferente. E o degelo do Ártico será a principal causa da confusão climática que existirá.

O descongelamento do ártico fará com que milhões de metros cúbicos de água doce gelada sejam escorridos para o Oceano Atlântico, resultando em uma brusca diminuição de sua temperatura.

Pelo Oceano Atlântico circulam correntes marinhas que regulam a temperatura da água e, por conseguinte, interferem no clima em praticamente todos os quadrantes do globo terrestre. As correntes marinhas quentes provenientes do Atlântico Sul são responsáveis pelo aquecimento das águas do Atlântico Norte, o que torna possível amenizar o clima predominantemente frio daquele hemisfério.

No momento em que a quantidade de água gelada oriunda do degelo do ártico superar a capacidade de aquecimento das correntes marinhas do sul, esta água gelada (mais densa) irá descer à uma profundidade razoável e impedirá a livre circulação da corrente quente vinda do sul, ou seja: as águas do Atlântico norte ficarão permanentemente geladas.

Com esse súbito resfriamento, sobrevirão alterações climáticas significativas no hemisfério norte, dentre elas a diminuição drástica das temperaturas na costa leste dos EUA e do Canadá, além de todo o continente europeu, incluindo a Rússia. Nesses lugares os invernos, por regra, já são rigorosos. Com o degelo do ártico, haverá inverno praticamente o ano todo, em uma reedição da última era glacial. Na Europa, por exemplo, a circulação das massas de ar quente vindas da África será ineficaz, impossibilitando a agricultura e a pecuária em escala comercial. Quem já assistiu ao filme “O Dia Depois de Amanhã” consegue imaginar o cenário. Claro que a obra fictícia é exagerada, sendo voltada mais para o público norte-americano. Porém, a idéia dos produtores do filme foi antecipar os efeitos das catástrofes ambientais.

Mas os reflexos não param por aí. Como o meio ambiente é indivisível, funcionando em ciclos, outras latitudes serão afetadas em um “efeito dominó”. Como resultado do resfriamento do Atlântico Norte, as correntes do sul não circularão mais ao norte, limitando-se ao Mar do Caribe e ao Golfo do México. Essa mudança trará efeitos imprevisíveis para o litoral sul dos EUA, América Central e Caribe. Os furacões e tufões, muito freqüentes no verão, serão comuns em todo o ano. Viver naqueles lugares será pior do que viver hoje no Iraque. As imediações do Caribe viverão um eterno pesadelo.

E mais. Com a alteração das correntes marinhas atlânticas, o Oceano Pacífico ficará mais quente do que atualmente, fazendo do fenômeno “El Niño” um fato corriqueiro na costa oeste da América. É possível que até comece a chover no litoral do Peru e do Chile (o que seria positivo), mas os furacões e tufões, que jamais foram vistos no litoral da California, começarão a surgir e certamente acabarão com Los Angeles e com a american way of life.

As mudanças na pressão atmosférica tanto na costa leste quanto na costa oeste dos EUA criará um sistema impeditivo de frentes úmidas para o interior do país, resultando na desertificação de áreas agrícolas do “celeiro” da América. A escassez de terras aráveis nos EUA gerarão um colapso no sistema produtivo do país, tornando-o um importador de produtos primários.

Além disso, a África ficará mais quente e mais seca. Os ecossistemas do continente africano, a rica fauna e as florestas equatoriais serão aniquiladas. A África sofrerá ainda mais com a postura “isolacionista” do restante do mundo e morrerá aos poucos, vitimada pela fome, pelas doenças e pelas guerras.

Na Ásia, especialmente na China e Índia, serão freqüentes os tufões e inundações, matando milhões de pessoas nos populosos países da região. Algumas ilhas do Oceano Índico e do Oceano Pacífico sumirão do mapa e terão de ser abandonadas pelos habitantes. A Austrália sofrerá com estiagens. Alguns países deixarão de existir e problemas políticos dessa ordem serão o estopim de inúmeras guerras.

O aumento no nível dos mares já está ocorrendo e isso é perceptível. Em algumas praias já não há mais espaço de areia. A linha de preamar começa a avançar rumo ao continente. No Brasil as cidades costeiras sofrerão alterações em suas geografias.

Especificamente em relação à natureza, um terço das espécies (tanto da fauna quanto da flora) desaparecerão. Qualquer alteração na temperatura ou no regime de chuvas em determinadas regiões será suficiente para extinguir os seres vivos que se formaram em determinados habitats. O complexo ecossistema da floresta amazônica jamais será restabelecido.

As campanhas para reversão do quadro que se apresentará serão infrutíferas. À medida que as tentativas de preservação e mobilização dos homens crescerá em ritmo aritmético, a devastação e as ocorrências nefastas avançarão em progressão geométrica.

Com a escassez de água potável, no futuro haverá a necessidade de dessalinizar a água do mar em algumas regiões, principalmente no Oriente Médio e na África. Acredita-se, inclusive, que serão criadas tecnologias para utilização da água salgada como combustível, pois será uma forma de reverter o fenômeno das cheias em algumas regiões.

Com o aumento do nível dos oceanos, os imóveis à beira-mar serão “apropriados” pelas águas e haverá uma valorização dos imóveis situados em locais 200m acima do nível do mar. Nos próximos 20 a 30 anos quem possuir imóvel nas regiões costeiras terá prejuízos se não vendê-los a tempo.

Felizmente, o Brasil (em especial as regiões sul e sudeste) não sofrerá tanto com as drásticas seqüelas pelo cenário vindouro. Entretanto, a Amazônia desaparecerá aos poucos, com a escassez de chuvas, tornando-se um imenso cerrado. Será possível cultivar em larga escala por lá, mas somente culturas de clima mais seco. O Nordeste, que já é seco, será transformado em deserto.

A princípio, o sul do Brasil terá um clima mais tórrido no verão, com muito mais chuvas do que a média atual. Inundações no litoral e nas regiões baixas ao redor da Lagoa dos Patos serão inevitáveis em virtude da elevação do nível dos mares. Apesar disso, nossos pagos serão lugares ainda habitáveis e, por via de conseqüência, muitas pessoas (inclusive oriundas EUA e Europa) migrarão para cá para fugir do clima inóspito do hemisfério norte.

Inicialmente, o Brasil tenderá a aceitar alguns dos imigrantes, mas terá de conter as invasões dos estrangeiros, tal como os EUA procedem hoje. Em 2070, não haverá espaço gratuito para estrangeiros no nosso privilegiado país.

As doenças tropicais serão comuns na região sul do Brasil devido ao clima quente e úmido. Regiões como a Serra e Planalto Gaúchos terão superpopulação. A saída será o investimento em infra-estrutura, biotecnologia e agricultura de alta produtividade.

E o pior é que, mantidas as taxas de natalidade, em 2080 o planeta terá uma população entre 9 e 10 bilhões de habitantes. Porém, somente haverá locais habitáveis, alimento e água para 2 bilhões de pessoas. Será obrigatória a redução da população da Terra, nem que seja “na marra”. Com isso, é fácil imaginar o que acontecerá.

As nações pujantes formarão exércitos para tentar ocupar regiões mais aprazíveis. Poucos ecossistemas permanecerão incólumes ao cataclismo global. Planaltos de clima temperado na Ásia, América do Sul e a Nova Zelândia, são alguns exemplos de “paraísos” no futuro.

A luta será somente pela sobrevivência. Países que não sofrerão tanto com as catástrofes naturais, como o Brasil, serão os mais visados pelos demais. Nações outrora poderosas, como as européias e os EUA, entrarão em franco declínio, motivado pelo inverno permanente que receberão como herança. Honestamente, trata-se apenas do alto preço que pagarão por usufruírem de forma desmedida dos recursos naturais do planeta por mais de 500 anos.

A formação de exércitos e arsenais será necessária. Imagina-se que as batalhas travadas serão um pouco diferentes do modelo utilizado hoje. Como o objetivo será o extermínio de uma população para posterior colonização do local, as armas de destruição em massa serão evitadas para que não haja a devastação da região que se pretende ocupar futuramente. As pugnas serão, provavelmente, travadas em terra, por milícias. Também serão comuns as batalhas navais, semelhantes às ocorridas até a 1ª Guerra Mundial.

É custoso acreditar que o nosso país esteja capacitado para defender-se à contento das investidas estrangeiras. Só haverá tempo para construir uma solidez nacional em termos estruturais e econômicos com uma visão estratégica e preventiva dos acontecimentos globais.

 

Acredito que eu não esteja sozinho neste pensamento preventivo.

Registro que tudo isso não é fruto de uma imaginação demente, nem de alguém tentando ser “pitonisa” e tampouco um novo Nostradamus. Os cientistas e pesquisadores já estão certos dos eventos que virão. Especialistas em geopolítica não têm dúvidas sobre os efeitos gerados e relacionados ao clima do futuro próximo.

Claro que algumas das ponderações colocadas foram pessoais, baseadas no precário conhecimento do articulista sobre o assunto, mas todas são providas de lógica. Talvez não seja o fim dos tempos, o apocalipse. Mas o planeta Terra não será mais o mesmo. Definitivamente.

Enfim, há somente uma certeza. Diante de tudo isso, o Brasil terá de estar preparado para ser uma potência em 50 anos, nem que seja pelo demérito ou infortúnio dos outros. Oxalá tenhamos líderes proeminentes no futuro que consigam manter nossa nação soberana.

Como já previam os antigos, pode ser que o Brasil seja o país do futuro.

Pena que eu não estarei mais por aqui para presenciar o espetáculo.